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Coelhos são explorados como objetos de consumo durante a Páscoa

Durante o feriado da Páscoa coelhos são explorados como mercadorias. Pais presenteiam seus filhos com os animais, como se fossem animais de pelúcia, e depois, quando começam a demandar atenção e responsabilidade de seus tutores, os coelhos morrem por falta de cuidados ou acabam abandonados nas ruas. Segundo o site Veggie e Tal, uma pesquisa realizada com alunos de uma Escola Municipal de São Paulo antes da Páscoa de 2007 apontou que de cada 100 crianças, 30 haviam sido presenteadas com coelhos na Páscoa de 2006. Desses, 20% relataram que “o coelho fugiu”, 50% disseram que o coelho ficou com diarreia e morreu (devido à alimentação inadequada) e 30% contaram que o coelho cresceu muito e o pai disse que “levou para um sítio” ou “deu para um amigo”. Apenas um estudante levou o animal ao veterinário quando ele ficou doente, mas não conseguiu salvá-lo. Um exemplo deste tipo de exploração comercial é o Kit Páscoa vendido no Pet Center Marginal, na cidade de São Paulo, conforme divulgado na página O Grito do Bicho. O “pacote” inclui um mini coelho e uma gaiola, entre outras coisas. Devido a reclamações de protetores de animais, o pet shop divulgou uma nota de esclarecimento afirmando que “o kit de Páscoa surgiu visando o bem-estar do próprio animal”, e ”a venda de coelhos cresce consideravelmente nesta época do ano, entretanto muitas pessoas compram somente o animal desconsiderando as necessidades básicas e ideais para sua vida”. A loja acredita que passar a vida dentro de uma gaiola é ideal para um coelho. Mas isso não acontece somente no Brasil. Uma reportagem do site The Dodo apontou que nos últimos dois anos, a quantidade de coelhos comprados como animais domésticos e abandonados em seguida, deixados para morrer nos parques e jardins da cidade de Nova York, cresceu dramaticamente. O Departamento de Controle Animal da cidade recolheu 380 coelhos no ano passado – número superior ao de 2012, que foi de 341, e de 2011, quando foram recolhidos 283. Esses números não incluem as dezenas de coelhos em situação de rua salvos por voluntários. A exploração desses animais reforça a ideia de que animais podem ser considerados objetos de consumo e, assim, desde crianças, as pessoas aprendem que as vidas de outras espécies podem ser reduzidas a meras mercadorias.

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